O Mundo Budista (parte 2 de 2)
Uma data importante no calendário budista é o Ano Novo Chinês, comemorada a 12 de Fevereiro. Nessa data, os budistas desejam riqueza, felicidade e sucesso aos que os rodeiam.
Geralmente são trocados envelopes de dinheiro e outros presentes. E muitas pessoas darão também cerimoniosamente presentes aos seus antepassados para os homenagear.
Imagens de Buda
Imagens de Siddhartha Gautama – o Buda – têm sido feitas há séculos. E mais do que uma representação física, essas imagens são um símbolo. Uma vez que a expressão, a pose e os gestos das mãos têm todos significados diferentes. Por exemplo, um Buda sentado com a mão direita levantada e a palma virada para fora simboliza proteção e superação do medo. Um Buda com as mãos voltadas para cima sobre as pernas cruzadas, é um Buda meditativo, que representa calma e paz.
O budismo no Japão
O budismo chegou ao Japão entre 700 a 800 d.C. através de estudiosos que introduziram sistemas de escrita da China. No início, era uma crença para pessoas ricas e instruídas. À medida que o budismo se espalhou no Japão, fundiu-se com as tradições espirituais existentes do xintoísmo. O qual é muitas vezes descrito como uma religião animista com foco em muitos espíritos que habitam o mundo natural.
O budismo e o xintoísmo eram praticados em conjunto, com pouca distinção entre eles até finais do século XIX. Nessa altura, o império japonês foi restaurado e o xintoísmo tornou-se a religião estatal. Após a Segunda Guerra Mundial isso mudou. Mesmo assim, a maioria dos japoneses continua a praticar tanto rituais xintoístas como budistas. Por exemplo, as tradições xintoístas são utilizadas em casamentos e bênçãos e os rituais budistas são praticados em funerais.
Budistas no Camboja
O Sothia pôde adaptar-se rapidamente à vida universitária, devido às amizades que fez com outros estudantes da aldeia no dormitório cristão. O pessoal do dormitório era solidário com ele e por vezes o Sothia ouvia os estudos bíblicos que eles faziam. Alguns meses depois, ele começou a acreditar em Jesus. A sua família levou algum tempo a aceitar a sua nova fé, mas não o rejeitou.
Mesmo assim, existem alturas difíceis para cristãos como o Sothia. Alturas em que se festejam datas importantes no budismo, uma vez que eles desejam participar na vida familiar e, ao mesmo tempo, manter o seu testemunho cristão.
Uma dessas épocas é quando se celebra o Pchum Ben (o Dia dos Ancestrais). Essa é uma festa religiosa de 15 dias, considerada única no Camboja, onde os cambojanos homenageiam parentes falecidos, sendo espectável que todos eles celebrem o Pchum Ben.
O Budismo na Coreia
O budismo chegou à Coreia por volta do ano 372 a.C. e absorveu algumas das crenças xamanistas, anteriores na região. Incorporando até mesmo santuários de espíritos populares.
Hwan lembra-se de uma viagem escolar a um templo budista. “Fomos ver como é viver como monges. Pediram-nos para sentar no chão de pernas cruzadas e para meditarmos durante 40 minutos. Mas as minhas pernas começaram a doer, então não consegui concentrar-me mais”. A viagem destinava-se a inspirar os estudantes a desejarem viver no mosteiro. Mas tanto Hwan como os seus colegas, não tinham qualquer interesse nisso.
Atualmente, a população budista é cerca de 23% na Coreia do Sul e cerca de 2% na Coreia do Norte.
Budistas na Tailândia
A Nung puxou a manga da sua mãe e perguntou: “Mãe, porque é que os monges estão aqui?” A mãe respondeu: “O teu irmão mais novo está doente há duas semanas e os médicos não sabem porquê. Pedimos aos monges que cantassem para o curar”. Os monges instalaram-se no quarto do rapaz para cantar, enquanto os pais da Nung preparavam presentes para lhes dar depois. O irmão da Nung recuperou lentamente.
Antes de existirem escolas primárias públicas na Tailândia, o único lugar para rapazes doentes aprenderem era no templo da aldeia. Ainda é comum que muitos rapazes sejam ordenados e sirvam como monges budistas durante alguns anos antes de regressarem à vida secular.
Budistas cingaleses na Malásia
Em Kuala Lumpur, na Malásia, na noite da primeira lua cheia em Abril, grupos budistas como os cingaleses celebram o Ano Novo Theravada. Isto marca o início do calendário lunissolar, um sistema que marca tanto as fases da lua como o calendário solar.
Por causa disso, para celebrarem o novo ano, An e a sua família construiram um castelo de areia especial. Cada grão de areia no castelo representava um erro que seria lavado quando a maré viesse sobre ele. Dessa forma, a sua família iria iniciar bem o novo ano. An esforçou-se para tornar o castelo ainda mais alto!
O Budismo no Vietname
Em comunidades onde é comum o envolvimento com o sobrenatural para buscar proteção ou poder, as pessoas que comunicam com os espíritos em favor de outras tornam-se influentes, sendo temidas e veneradas. Os Daayan, também conhecidos como feiticeiros, são principalmente ativos em zonas pobres e rurais na Índia, entre grupos tribais onde a superstição é generalizada.
Uma mulher de uma aldeia local, depois de ter sido libertada do poder demoníaco através da oração, colocou a sua fé em Jesus. Juntamente com ela, também o seu marido e os seus filhos começaram a acreditar em Jesus. No dia seguinte, alguns cristãos visitaram a família para os encorajar na sua caminhada de fé. Aí, descobriram que essa mulher era a feiticeira da aldeia, tal como o seu pai foi antes dela. Ela mostrou-lhes uma sala inteira dedicada à magia negra. Porém, agora que se tinha arrependido de todas essas coisas, ela esvaziou o quarto e deitou fora todos os objetos.
Os Buriates
Cerca de 500.000 cidadãos buriates vivem em todo o norte da Rússia. A Bayrma nasceu numa família buriate na Sibéria. E, sempre que havia uma necessidade familiar, a sua avó materna praticava rituais xamanistas. Também, o seu avô paterno costumava orar com as contas budistas, queimava incenso diante de uma pequena estátua de Buda e visitava um templo budista uma vez por ano. Mas o budismo era um mistério para a Bayrma. Ninguém falava com as crianças sobre isso. Além disso, na escola, ela foi ensinada que Deus era uma crença ultrapassada.
Já na faculdade, alguns estrangeiros pediram a Bayrma ajuda na tradução de alguns textos e ela acabou por se tornar amiga deles. Ela começou a frequentar um estudo bíblico com eles e ficou fascinada por ter a Bíblia na sua própria língua. Nas suas páginas, a Bayrma começou a encontrar respostas a muitas das suas perguntas. E leu histórias no Novo Testamento com as quais se relacionava. Assim, a Bayrma colocou a sua fé em Jesus e ganhou uma nova identidade, que era clara e livre.
O Budismo na América
A cultura americana celebra o trabalho árduo e recompensa a realização individual. Uma vida bem-sucedida é muitas vezes reconhecida pela aquisição de bens materiais. O budismo, com a sua busca da aceitação do sofrimento e um enfoque na supressão do desejo, não parece integrar-se facilmente no modo de vida americano. No entanto, o budismo está sempre pronto a adaptar-se.
Atualmente, cerca de 1% da população dos EUA identifica-se como budista e a maioria deles são imigrantes. Alguns americanos incorporaram tradições budistas como a meditação, yoga e a queima de incenso num esforço para obterem paz.
Cerimónias de Shinbyu no Mianmar
O Nyan estava muito entusiasmado enquanto vestia as roupas de um príncipe para a sua cerimónia Shinbyu. Aos 11 anos, a sua família tinha finalmente poupado dinheiro suficiente para que ele passasse uma semana no mosteiro budista.
Este evento, que geralmente acontece em Março, durante as férias escolares, é a tradição mais importante para as famílias budistas no Mianmar. Enviar um filho para o mosteiro pela primeira vez é considerado uma bênção que beneficiará toda a família e será um presente espiritual que durará uma vida inteira.
O budismo é praticado por aproximadamente 90% da população de Mianmar. E tem o maior número de monges em termos da proporção da população de qualquer país.
O budismo é um sistema complexo e diversificado de crenças, práticas e culturas. Durante os 15 dias que antecedem o Ano Novo Chinês, a 12 de Fevereiro, convidamo-lo a unir-se a nós em oração pelas pessoas que vivem em nações maioritariamente budistas.
Acreditamos que a Boa Nova é uma boa notícia para todos. E os cristãos que servem em comunidades budistas compreendem a importância de comunicar a mensagem de Jesus de formas que sejam relevantes e significativas.